A Bioarquitetura na Permacultura e a Construção de um futuro sustentável
Ao longo dos últimos anos, a forma como as pessoas têm vivido está impactando negativamente a vida na Terra, colocando em risco a existência de várias espécies, inclusive a humana.
Por isso a sustentabilidade surge como resposta e conscientização a este comportamento equivocado e muito comum nos dias de hoje.
Juntamente a ela veio a Permacultura e a Bioarquitetura: soluções alternativas para essa forma de viver.
Dessa forma, as técnicas permaculturais apresentam maior eficiência e menor impacto à natureza, sendo a melhor opção para a construção de um futuro sustentável.
Saiba mais
Em meio ao caos ambiental e exploração da Terra percebe-se inúmeras ações das quais a espécie humana é totalmente responsável. A busca por obtenção de lucro, por uma qualidade de vida decorrente de uma civilização capitalista e um irresponsável padrão de consumo trouxe malefícios ao planeta, a saúde e ao convívio social.

O processo de industrialização
Florestas são derrubadas mais do que plantadas, justo elas, responsáveis por moderar o calor, o frio e a poluição excessiva (MOLLISON, 1981). E essa destruição tem efeitos em todos os outros sistemas. O clima vem sofrendo mudanças drásticas. O solo tem se degradado devido a forma de cultivo e sua principal causa está no desmatamento (MOLLISON, 1981). A água virou depósito de resíduos perigosos de indústrias, contaminando a água, sendo impossível de limpar. A indústria tomou conta dos lares, são alimentos e artigos usados no dia-a-dia que estão contaminados por produtos químicos, prejudicando assim, a saúde de seus usuários. Ao observar, nota-se que grande parte do que as pessoas consomem passou por algum processo de industrialização.
O impacto da construção civil
Uma das áreas em destaque de grandes impactos por ações humanas é a construção civil, que faz parte de todos os setores da sociedade atual, não só devido a extração de materiais, mas também ao mau planejamento e mau uso de fontes renováveis (PAMPLONA, 2013).
Mollison (1981) comenta que as cidades ocupam 11% do solo de boa qualidade na Terra, ou seja, além de perder esse solo, o restante acaba se degradando com a quebra dos ciclos naturais causados pela agricultura. Ao selar grandes áreas com cidades evita-se que os lençóis freáticos se reabasteçam de água, não devolvendo nenhuma água para o subsolo, esses lençóis secam, e a água que deveria ser armazenada, flui com o rio até atingir o mar, onde já não pode ser consumida (MOLLISON, 1981).
A construção civil domina todos os ramos da cultura atual.
A forma como nos aglomeramos nos centros urbanos nos apresentou problemas como alta produção de lixo e esgoto, impermeabilização do solo, aniquilação da biodiversidade, no abastecimento de água e grande demanda de consumo de petróleo para o transporte, pode-se dizer que as cidade baseadas nesse modelo de organização territorial e construção civil são insustentáveis (PAMPLONA, 2013).
O diferencial de um planejamento urbano ecológico
É um absurdo pensar que a escassez da água seja um assunto atual, sendo que cerca de 2 milhões de litros de água caem em cima dos telhados das edificações a cada ano (MOLLISON, 1981).
Se houvesse um bom planejamento dessas cidades e habitações, essa água poderia ser armazenada e reutilizada. Usar água limpa para descarte dos dejetos humanos, irrigação de plantas e limpeza de calçadas são uma aberração no ponto de vista econômico e ambiental (DIAS, s.d).
Segundo Henderson (2012, p. 64), “a urbanização fez com que as preocupações fossem direcionadas aos problemas das relações entre humanos e não das relações do homem com a biosfera ou o ambiente”.

Espaço construído com BioArquitetura e Permacultura
Para que ocorra uma mudança é preciso implementar o uso de materiais com baixa energia incorporada para que nasça uma nova arquitetura e urbanismo realmente sustentável (DIAS, s.d).
Para Henderson (2012) a bioarquitetura é uma alternativa que substitui o uso do cimento excessivo por materiais menos agressivos ao meio ambiente, se adaptando ao terreno, ao clima e ao contexto.
A BioArquitetura integrada à Permacultura
A Bioarquitetura propõe soluções contrarias a essas, uso de materiais locais e naturais, construção consciente, integração à paisagem, bom planejamento e uso de fontes renováveis.
A Permacultura traça a ideia de que as consequências das ações humanas ou até mesmo as ações podem mudar, obtendo benefícios e um real progresso na qualidade de vida.
A permacultura rompe com o atual modelo de vida, que está condenado ao fracasso e sugere formas alternativas que acredita ser solução para o que o planeta está a enfrentar.
Assim, “habitar” dentro da permacultura vai além de materiais e técnicas e não se restringe só a arquitetura, ela abraça outros saberes.
A casa ganha vida como um organismo e acolhe as pessoas que se sentem vivas e autônomas.
Não é preciso esperar que os governos e instituições tomem iniciativas para transformações, as pessoas são capazes dessa mudança.
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